Live: A Resiliência na Carreira – Miriam

OBS: Lembramos que o blog é um breve resumo! Viva toda a experiência da live através do vídeo!

No dia 3 de junho de 2020, realizamos nossa entrevista semanal com a Cecília e a Miriam. Para melhorar sua experiência na leitura, dividimos a entrevista.

Miriam começou trabalhando aos 16 anos numa escola de idiomas. Possui formação em Design onde lecionou para adolescentes. Depois de 5 anos de formada, resolveu mudar de carreira e estudar Administração. Realizou intercâmbio para o EUA e Europa. Possui experiência em Comércio Exterior e RH, trabalhando atualmente como HR Business Partner numa indústria de automóveis de relevância na Região Sul Fluminense.

Pedro Saraiva: Normalmente as pessoas seguem um plano de carreira sólido em uma determinada área. Você fez diferente, tanto que possui uma carreira bastante diversificada. Qual foi seu maior aprendizado e desafio ao longo dos anos?

Miriam: Fiz muita coisa na carreira né? São 18 anos de trabalho, e eu vejo que cada pedacinho da minha carreira me transformou na profissional de hoje. Vejo que sempre fui aberta ao aprendizado, independente do cargo ou nível de estudo das pessoas. Eu me sinto como a soma de todas as pessoas com quem já convivi, conheci péssimos e excelentes gestores, péssimos e excelentes colaboradores. Minha vida sempre foi voltada pro mundo. A escola de idiomas, morar no EUA e Espanha… essa vivência facilita muito a entender as pessoas, de ter mais empatia, algo crucial para ser uma profissional completa em RH.

Saraiva: A sociedade nos impõe uma cobrança muito cedo para decidir o nosso futuro profissional. Como foi pra você lidar com isso?

Miriam: Eu vejo que a minha geração não tinha tantas opções de trabalho como hoje em dia, então acredito que a possibilidade de escolher foi um pouco mais fácil comparado com hoje, até porque sempre tive total apoio dos meus pais nas minhas escolhas. Com o tempo eu vi que a carreira de Design não era pra mim. Admito que foi difícil dar um passo para trás, ter que voltar a estudar, ver meus amigos formados trabalhando, mas não arrependo da minha escolha!

Saraiva: O que você pensa sobre a Inteligência Emocional nos dias atuais?

Miriam: As empresas podem contratar através do conhecimento técnico, mas muitas são desligadas pela fraqueza comportamental, principalmente se você não tiver seus valores alinhados com os valores da empresa. Meu gestor sempre fala para eu ter calma, tanto para a vida profissional quanto pessoal. Eu vejo que o mundo precisa ter calma, e a inteligência emocional é crucial pra isso. Eu possuo um mantra de respirar fundo, pois em teoria ela prolonga o tempo de vida. A gente não para um minuto, nem que seja para respirar fundo!

Saraiva: Dicas de como ingressar no mercado? O que fazer para se preparar? O que o mercado procura pós pandemia?

Miriam: A primeira coisa é ser apaixonado pelo o que faz. Mesmo que você esteja trabalhando e não tenha certeza se é a carreira dos sonhos, faça com entrega e corra atrás, busque a excelência. Isso vai te tornar uma pessoa e profissional melhor. Outro ponto é sempre pensar fora da caixa, os jovens já tem esse costume e isso ajuda bastante para poder se encontrar. E claro, ouça a voz dos mais velhos, aprenda com a voz da experiência, eles sempre possuem algo para te acrescentar.

Saraiva: Agora serão algumas perguntas dos espectadores. Por que RH?

Miriam: Eu sempre amei pessoas! Sei da importância da tecnologia para a operação, mas foi no RH que vi a possibilidade de ajudar as pessoas, de fazerem trabalhar com mais energia. Não sei se posso dizer se foi eu que escolhi o RH ou se foi o RH que me escolheu. Essa conexão com pessoas sempre me trouxe alegria durante todas as minhas experiências.

Saraiva: Como lidar com a decisão de entre seguir o caminho que gosta VERSUS o que mais trás retorno financeiro?

Miriam: Precisamos do dinheiro para poder sobreviver. Mas falo por mim que eu não trocaria o que eu gosto para virar milionário. Claro que podemos procurar um equilíbrio para ter prazer e retorno financeiro, mas acredito que o retorno financeiro é consequência de um trabalho feito com amor.

Saraiva: Como mudar os rumos de uma carreira que não gosta quando já se está com idade avançada.?

Miriam: Minha avó entrou em direito como terceira faculdade. E mesmo assim conseguiu formar, passar na OAB e advogar. Não existe idade, se você tem condições e vontade de fazer, tem que sacudir a poeira e correr atrás do sonho!

Saraiva: Na sua opinião, é mal visto pelas empresas ter passado por muitos empregos? Mesmo sendo na mesma área?

Miriam: Eu particularmente não vejo como algo negativo. Hoje em dia é comum ver pessoas que não possuem um casamento com a empresa, isso já saiu de moda. Você precisa buscar onde você fique feliz. Claro que você precisa mostrar resultados e viver um tempo de empresa para ver se essa conexão acontece, e a partir daí você pode procurar uma nova oportunidade!